quarta-feira, maio 28, 2008

Regresso ao Passado
Hoje estava a ouvir a melhor rádio do Planeta (aqui pra nós que ninguém nos ouve, até os extraterrestres de outras galáxias devem estar sintonizados nesta estação emissora – 97.8 fm, pois não há concorrência possível) e eis senão quando é anunciada a vinda dos Rage Against the Machine a Portugal.
Há músicas e bandas que marcam uma geração e esta marcou a minha, em especial a música “Killing in the Name”.
Esta música representava (continua a representar?) a rebeldia inerente aos adolescentes/jovens, numa altura da vida em que temos vontade de ir contra tudo e contra todos, de partir tudo e em que estamos plenamente convencidos que nada nem ninguém nos vai parar. Depois vivemos mais uns anos, amadurecemos e chegamos à brilhante conclusão que é muito difícil (pra não dizer impossível ou que é “suicídio” puro) remar contra a maré, seja ela a nossa família (para o bem e para o mal), a sociedade em que nos inserimos (quer queiramos, quer não), o mundo em que vivemos (pleno de injustiças, animosidades, violência e de pessoas execrandas), a nossa condição humana (temos um princípio, um meio e um fim, inevitavelmente). Todavia, apesar de ser difícil remar contra a maré, podemos sempre tentar fazer a diferença de algum modo, não de forma destrutiva (como na adolescência), mas de forma construtiva (pela vida fora). Dá trabalho (dá muito trabalho mesmo), mas como nunca fui apologista do facilitismo… E até pode ser que recompense, nem que seja a “self satisfaction” de que pelo menos se tentou…

4 comentários:

fercris77 disse...

A vida é um bocadinho (?) estúpida, sim...

fercris77 disse...

Ainda bem que há vibradores...

Vanessa disse...

O que importa é sobretudo não o que foi e o que aconteceu (embora o passado seja fundamental para a construção do futuro) o que é, de facto, mais relevante é o que faremos o que tempo futuro que nos resta...e não nos deixemos enganar...o futuro é Hoje...
Beijocas para ti linda...

Anónimo disse...

Muito profundo este post! Gostei.
De facto os "Rage against machine" marcaram os anos 90, embora não fossem das minhas bandas de eleição.
O tempo ajuda-nos a compreender melhor a realidade da vida.
Quando somos novos queremos viver furiosamente a vida, mas depois, quando nos tornamos mais velhos, compreendemos que tudo na vida é uma questão de prioridades. Ou seja, descobrimos que nem tudo se resume à emoção do imediato. Por isso, vamos aprendendo a fazer cedências...
O mais importante é vivermos de acordo com a nossa consciência e lutarmos para melhorar a nossa vida, mesmo que seja nas pequenas coisas. E nunca almejarmos glória, senão a frustração tomará sempre conta de nós...

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Things that I love: friendship, kindness, devotion, learn new things, meet new people, a nice conversation, a good laugh, a cup of ginger tea, feel the sun in my face, contemplate the sea. Things that inspire me: people and their achievements*, quotes that bring light into my life*, music, poetry, new beginnings. *including mine