E eis que falta apenas 1 mês para o Natal! Isso significa que estamos na recta final deste ano de 2006... Como é que o tempo passou tão rápido? Tenho a sensação que estes meses passaram a voar... Talvez porque estive (e estou) muito ocupada, talvez porque este foi um ano de muitas mudanças, com muita coisa a acontecer ao mesmo tempo...

Confesso que não sou grande fã do Natal... Em termos religiosos e gastronómicos não me diz nada... Depois aquela correria desenfreada das pessoas às lojas para comprar os presentes (se uma pessoa não se desvia, pode até ser abalrroada), o trânsito que é mais caótico do que o costume, as filas para tudo e mais alguma coisa... Por que será que as pessoas correm tanto? Qual o motivo que as impele? Será o mero consumo, sendo que o significado do Natal já pouco ou nada interessa?...

Esta é - supostamente - uma época de paz... Não quero ser pessimista, mas paz é coisa que nunca existiu (alguma vez existirá?) neste mundo... Se pensarmos na paz interior, bem, isso já é diferente... Talvez seja uma boa altura para encontrar a paz interior que muitos de nós procuram... Julgo que essa "paz interior" passa muito por perdoarmos a quem nos ofendeu. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido... Será isso possível? Conseguiremos nós efectivamente perdoar?...

Só há uma coisa que gosto no Natal: as iluminações, sobretudo a árvore que está na Praça do Comércio que acabou de ser inaugurada...

Fica desde hoje instituída neste blog a rubrica "Para bom entendedor..." que foi inspirada no célebre aforismo "Para bom entendedor, meia palavra basta".

Algo que foi escrito ou proferido por alguém que suscita a nossa (a minha e, talvez, a vossa) reflexão, que se aplica à nossa vida, ao mundo em que vivemos, que não tem barreiras espaciais nem temporais, é o que se poderá encontrar nesta rubrica.

"Outras vezes ainda, serão certos momentos de alegria ou desespero que levarão à pergunta fundamental. De alegria sem causa ou de alegria provocada por uma descoberta de verdade, por um encontro de amizade funda, quando tudo parece novo ou transformado em nós ou à volta de nós. De desespero, quando sentimos o horizonte ali perto cortado por um muro intransponível ou quando as coisas ou as pessoas em que tínhamos confiado surgem totalmente vazias e sem consistência".

Não vou tecer nenhuma consideração no que respeita a estas palavras do grande sábio que foi o Padre Manuel Antunes (1918-1985), porque "Para bom entendedor...", apenas quero referir que a parte sublinhada é da minha inteira responsabilidade.

Ultimatum

Que fique bem claro: detesto que as pessoas mandem "bocas" e/ou que sejam cínicas; detesto que as pessoas se aproveitem dos outros seja de que maneira for; detesto que as pessoas que "não dão ponto sem nó" estejam sempre à espera de ser retribuídas; detesto que as pessoas digam/façam coisas de forma inconsciente e inconsequente, sem pensar que as outras têm sentimentos e não são feitas de pedra nem têm um cubo de gelo no lugar do coração (como diz a Floribella do seu príncipe Frederico)... E mais: detesto que as pessoas não sejam capazes de ser francas, directas, verdadeiras com os outros (e com elas próprias) e utilizem "esquemas" mais ou menos elaborados para manobrarem os "ventos" a seu favor... Por último: detesto que as pessoas fiquem amuadas quando não lhes fazemos as "vontades" (isso é coisa de miúdos!) e/ou que levem a mal quando as chamamos a atenção para certos aspectos/factos.

Advertência

Este blog não pretende ser "engraçado" ou "fixe" ou agradar a quem quer que seja, nem pretende tão-pouco que concordem ou discordem das ideias que nele são apresentadas... Pretende somente ser um espaço de desabafo das inconstâncias da vida, um espaço de partilha, um espaço de reflexão (de quem escreve e para quem lê)...