"A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo"
Nelson Mandela
Não posso estar mais de acordo com esta afirmação do carismático Nelson Mandela. Para mim, a educação torna as pessoas melhores seres, porque nos torna mais tolerantes, mais conscientes, mais solidários com o sofrimento humano e menos egoístas, menos arrogantes, menos passivos. Para outros, será a religião, isto é, a crença numa entidade superior divina, que desempenhará esta função, mas nós temos variadíssimos exemplos na história da humanidade em como a religião, levada aos pontos do fanatismo, pode tansformar seres humanos em monstros desumanos e em nome de um deus, seja ele qual for, serem praticadas verdadeiras carnificinas. Além de que não vejo as pessoas que vão à missa serem melhores do que eu, muito pelo contrário...
Quanto à educação - e perdoem-me se vou puxar a brasa à minha sardinha - que nos permite ser "melhores seres" é, inequivocamente, a educação humanística. Já viram alguém tornar-se mais humano por ser um génio da matemática? No entanto, a maior parte das pessoas que tiveram uma educação baseada nas letras tem uma sensibilidade diferente e contribui de alguma forma para a evolução da humanidade, que não se verifica apenas no plano técnico ou tecnológico, mas também no plano mental.
A arte em geral e a cultura humanística em particular são, a meu ver, os dois eixos fundamentais em que deveria assentar a educação do ser humano, desde tenra idade. Não podemos apenas desenvolver o raciocínio lógico e tornarmo-nos seres frios, calculistas e materialistas...
É evidente que há um outro tipo de educação que é muito importante na formação de um ser humano... A educação que recebemos em casa, dos nossos pais, dos nossos avós, enfim, dos nossos familiares. Mas, neste caso, é uma questão de sorte, pois nunca sabemos o que nos vai calhar na rifa... Porém, a educação é algo demasiado sério para deixar ao acaso. Há que investir de forma contundente em políticas educativas que contribuam para a formação de adultos responsáveis, conscientes das implicações que cada acção sua pode provocar no mundo, para melhor, ou para pior.