segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Breve Apontamento

O presidente de Timor e prémio Nobel da Paz em 1996, Ramos Horta, foi hoje baleado perto da sua residência e encontra-se em estado crítico.

Não, este blog não se tornou numa edição on-line de um jornal, mas quis assinalar o facto porque ele faz-nos (re)lembrar quão valiosas são a vida e a paz, mas ao mesmo tempo tão frágeis...

Nós nunca sabemos o que nos reserva o dia de amanhã e uma coisa é certa: ninguém é imune a nada, nem um presidente que foi Nobel da Paz, nem o comum dos mortais onde eu me incluo. Por isso devemos valorizar cada minuto (para não dizer cada segundo) da nossa vida e da paz em que, mal ou bem, vivemos.

Devemos valorizar as pequenas coisas do dia-a-dia, cada momento de felicidade que partilhamos com aqueles que amamos, e tantas, tantas coisas que desprezamos como se a vida fosse eterna ou intocável… Mas não é.

Lembremo-nos disto e todos os dias olhemos para o mundo como se fosse a primeira vez (e respeitemo-lo), digamos “Eu amo-te” ou “Tu fazes-me muito feliz” antes de ir para o trabalho ou depois de voltar, valorizemos cada palavra, cada gesto, cada olhar, cada sorriso, cada lágrima e espantar-nos-emos com a magia única e irrepetível que é a vida.

Ignorância, a quanto obrigas!

Há duas coisas neste mundo que afligem o meu ser inconstante: a loucura e a intolerância. Uma e outra podem ser verdadeiramente nefastas e até destrutivas.

A loucura é algo muito complexo e muito difícil de lidar. Acho que ninguém está preparado para enfrentar uma situação dessas, só os profissionais.

O mesmo não se passa com a intolerância. Ela só existe devido à ignorância que grassa por esse mundo fora.

A intolerância pode ser de diversos tipos – política, religiosa, social, etc – mas hoje só vou chamar a atenção para a intolerância social, mais concretamente, para a intolerância em relação ao que é diferente de nós.

A este propósito há um livro que toda a gente devia ler que é de um conhecido autor chileno (Luís Sepúlveda) e que se intitula História da Gaivota e do Gato que a ensinou a voar. Através de uma fábula, este autor ensina-nos (as fábulas têm sempre uma moral) a aceitar e respeitar aqueles que são diferentes de nós.

O ser humano tem uma certa tendência, ignominiosa, diga-se de passagem, de achar que ele é que está certo, que aquilo que ele conhece/pensa/faz/sabe (mesmo que seja só uma ínfima parcela da realidade) é que é correcto. Os que pensarem ou fizerem de maneira diferente não são válidos e são frequentemente alvo de chacota.

Vou dar um exemplo muito concreto.

Eu não como carne. Quantas e quantas vezes já senti na pele a intolerância, e a discriminação mesmo, por ser diferente numa coisa tão simples como a alimentação. Eu não quero impor nada a ninguém; se as pessoas querem consumir carne putrefacta (já sem falar na questão do sofrimento dos animais, em particular das vacas, que é um dos meus animais favoritos), com todas as consequências que isso traz para o organismo e para a sua saúde, que o façam: cada ser humano é livre de tomar as decisões que bem entende, desde que não afecte a liberdade dos outros, claro.

O que eu peço é que não “gozem” ou façam afirmações ridículas do género “Não comes carne? Comes o quê então?!?”…

A humanidade ainda tem um longo caminho a percorrer neste campo, mas a história tem provado uma coisa: aquilo que em certa época é visto com desconfiança ou é considerado absurdo, mais tarde ou mais cedo acaba por ser aceite ou verifica-se que afinal estava correcto...

PS: este site tem ou procura ter (na sua devida dimensão e humildade) uma vertente pedagógica. Nesse sentido deixo aqui os links da Associação Vegetariana Portuguesa http://www.avp.eco-gaia.net/ e da Sociedade Portuguesa de Naturalogia http://spn.eco-gaia.net/ para consulta por parte dos leitores interessados. Os que querem permanecer ignorantes estão no seu pleno direito (no hard feelings!).

MULHERES DE 30 À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS?
Somos lindas (atenção que não o digo no sentido meramente físico), independentes, seguras de nós próprias, sabemos o que queremos (e mais importante, o que não queremos) e estamos sozinhas. Porquê?
É cada vez maior o número de mulheres na faixa etária dos 30 aos 37 anos que é independente (óptimo), que vive sozinha (tem as suas vantagens e os seus inconvenientes) e que não tem namorado ou alguém com quem partilhar as tristezas e alegrias da vida (o que é bom se é por opção, o que é mau se é por imposição da sorte madrasta).
É certo que as mulheres (finalmente!) perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma linguiça, mas convenhamos que também só com a linguiça não se vai longe…
Há certas coisas que, por muito boa que seja a linguiça, ela nunca nos vai dar: amor, carinho, compreensão, etc, etc…
Será que é precisamente por sermos mulheres independentes, seguras, inteligentes e, como tal, de aparência pouco frágil (mas atenção, porque é só mesmo aparência), os homens sentem-se ameaçados, inferiorizados, inúteis?
Será que é por ser cada vez mais difícil encontrar homens interessantes, sensíveis, que saibam falar sobre algo mais do que futebol, que tenham sentido de humor, que não sejam uns energúmenos?!?
Seja qual for o motivo, a verdade que à noite deitamo-nos numa cama fria e de manhã não temos ninguém a dizer que nos ama (apesar do nosso ar desgrenhado de quem acabou de acordar)...
Escrito a 30/12/07

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