quinta-feira, agosto 28, 2008

New Chapter
Depois da "Battle of the sexes" como muito bem referiu a minha Amiga V., venho hoje aqui por outros motivos. Vi há pouco a entrevista do Nelson Évora no jornal da SIC e fiquei impressionada com a simpatia, a humildade, o profissionalismo, o bom carácter e bons valores deste jovem atleta português. Ele é, sem dúvida, um exemplo para as gerações mais novas, mas é também um exemplo para as restantes gerações.
A simpatia é algo que ou é inato nas pessoas ou não é, mas nunca deve ser forçado, porque soa sempre a falso. Eu prefiro um autêntico antipático do que um falso simpático...
A humildade constitui uma atitude perante a vida e perante os outros que muito pouca gente tem. E atenção que humildade não é antónimo de ambição ou de alcançar objectivos, pois o Nelson demonstrou muito bem que uma coisa não é incompatível com a outra. Aliás, na minha modesta opinião, uma pessoa quando tem consciência do seu verdadeiro valor não precisa de se exibir por causa disso. Ela própria reconhece-o e isso basta. Não precisa do reconhecimento de mais ninguém. Mas infelizmente, por esse mundo fora, o que não falta são pessoas que fazem questão do "eu sou, eu faço, eu aconteço"...
Em relação ao profissionalismo, será escusado tecer grandes comentários. As pessoas devem ser profissionais e ter brio naquilo que fazem, mesmo quando não têm a profissão que sempre almejaram. Eu tive empregos que nada tinham a ver com a minha formação e vocação, mas isso não serviu de "desculpa" para ser má profissional.
Quanto ao bom carácter e aos bons valores, uma coisa está intricada com a outra, ou seja, normalmente quando uma pessoa tem bom carácter tem bons valores e vice-versa. Os pais e a família têm um papel fundamental nesse aspecto, mas mais uma vez o facto de se ter uma família menos "favorável" não deve servir de desculpa para sermos mal educados e rudes. Nós não aprendemos só com a família, mas com todos os que nos rodeiam e ainda subsistem bons exemplos por aí, felizmente.
Parabéns, Nelson, pela medalha que ganhaste, mas, sobretudo, pela pessoa que és!
E com esta termino (parecia que estava possuída pelo demónio para carregar com tanta imagem)!
E mais isto...
Ainda no seguimento dos posts anteriores, não resisto a publicar isto...
No seguimento do post anterior, acho que é pertinente colocar o texto que se segue e que foi enviado por email pelo meu Amigo C.
REGRAS DE UM RELACIONAMENTO EQUILIBRADO.
Um casal recém casado vai viver em sua nova casa. O homem diz:
- Se quer viver comigo, as regras são: 1) Segundas e terças-feiras à noite vou tomar café com os amigos; 2) Quartas-feiras à noite cinema com o pessoal; 3) Quintas, sextas à noite, cerveja com os colegas; 4) Sábados, pescaria com a turma, retornando domingo pela manhã; 5) E, aos domingos, deito cedo para descansar. Se quer... Quer... Se não quer... Azar!
Então a mulher responde:
- Pra mim só existe uma regra: Aqui em casa tem sexo todas as noites. Quem está, está. Quem não está... Azar!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Os solteiros são mais felizes
Não sou eu que o digo (embora o pudesse dizer com conhecimento de causa), mas sim um psicoterapeuta brasileiro (Flávio Gikovate) numa entrevista que deu à revista Sábado e que a minha Amiga F. partilhou comigo.
Este senhor, que parece ser uma pessoa com a cabeça muito bem "arrumada" (também quero ser assim quando chegar aos 65 anos de idade!), conseguiu passar para o papel o que muitos de nós se têm vindo a aperceber, i.e., de que as relações amorosas estão a mudar, em consequência de um novo estilo de vida que está a emergir no mundo moderno.
Como a entrevista é por demais interessante, vou transcrever aqui algumas passagens e cada um, na sua consciência, fará o juízo de valor que lhe aprouver. Se quiserem partilhá-lo comigo, já sabem, sou toda "ouvidos" ;)
O Sr. Flávio Gikovate defende que "amor e romantismo são conceitos que não encaixam no mundo moderno" e explica porquê: "o amor romântico (...) é incompatível com o desejo crescente de individualismo"; "Antes, o amor ganhava à individualidade porque não havia o que fazer com a individualidade. Hoje (...) a individualidade é tão preciosa que ninguém quer (e não deve) abrir mão dela para viver com alguém". O psicoterapeuta acrescenta que "Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afectiva".
À pergunta "Os solteiros são mais felizes?", Flávio responde "São mais felizes que os mal casados. (...) Hoje (...) o mundo é mais favorável aos solteiros. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Pelo contrário, dá dignidade à pessoa (ufa, assim já estou mais descansada!). As boas relações afectivas são parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada a ninguém e ambos crescem".
Quanto aos "mal casados", o psicoterapeuta esclarece: "é muito perigoso depender de terceiros para ser feliz". No seu entender, essa "é uma luta individual".
De seguida, Flávio faz umas afirmações muito curiosas:
1. "No mundo moderno, os homens já não serão protectores, mas sim companheiros de viagem".
2. "Desde o nascimento, temos a impressão de ser uma "metade" (...). Temos de entender que não somos uma metade. No mundo moderno, o amor como remédio não funciona".
À pergunta "E porque é que tantas pessoas se casam várias vezes sem nunca acertar?", a resposta dada pelo psicoterapeuta brasileiro é "Porque insistem na ideia do amor romântico, que une duas metades incompletas, o que é um erro".
De seguida, Flávio faz mais umas afirmações brilhantes:
1. "É preciso conhecer-se a si mesmo e ser capaz de viver sozinho".
2. "Amor significa aconchego físico (pois significa, e é mesmo disso que estou a precisar, mas chiu, não se chibem a ninguém, hein?), amizade é afinidade intelectual".
Em relação às vantagens de as pessoas viverem em casas separadas para não interferirem na liberdade de cada um, Flávio enumera-as: avanço moral, avanço da capacidade de viver sozinho, aprender a resolver a situação de incompletude em si mesmo (...)".
E eis que chegamos à minha afirmação favorita: "individualismo não é egoísmo" (o sublinhado é meu, e quero destacar bem esta ideia, porque muitas vezes nós, os solteiros, somos acusados de sermos pessoas egoístas).
Flávio enuncia em seguida as características de um "relacionamento maduro, com qualidade": "Lealdade, cumplicidade, respeito pelo outro".
Por fim, eis senão quando leio uma frase que contraria a velha máxima "os opostos atraem-se". Flávio afirma peremptoriamente o contrário, ao dizer "A união tem de acontecer entre pessoas semelhantes, com os mesmos planos e projectos" (e como ele tem razão! Não foi à toa que eu terminei um relacionamento de quase 10 anos, mas isso são contas de outro rosário).
De tudo o que afirmou este psicoterapeuta brasileiro na entrevista à Sábado, gostaria de salientar duas ideias. Por um lado, a ideia de que no mundo actual não se pode ver o amor como um remédio para os nossos males. Já estamos numa fase da existência e da evolução humanas em que estamos mais "crescidinhos" e não devemos fazer as coisas por impulso, mas sim de forma consciente, i.e., pensada, reflectida, ponderada. Por outro lado, a ideia de que a felicidade é uma luta individual, ou seja, uma luta interior que não deve depender dos outros (e não é uma tarefa fácil, posso assegurar-vos). Sempre achei que nesta vida devemos ser autónomos ao máximo e em tudo (até na busca da felicidade), mas isso não significa que nos isolemos do resto do mundo. Temos é de crescer interiormente primeiro para depois conseguirmos relacionarmo-nos com sucesso com esse mesmo mundo - não sei se me fiz entender, nem se o que estou a dizer faz algum sentido... Whatever!

segunda-feira, agosto 25, 2008

Mea Culpa

A fauna humana em geral é muito interessante, mas a fauna humana portuguesa, em particular, é ainda mais interessante. Nós, portugueses, sofremos do síndroma de nos criticarmos a nós próprios e de elogiarmos constantemente o que é estrangeiro. "Lá fora é que é bom" ouve-se dizer da boca de muita gente (eu própria já disse/digo isto).

Ora, acho que está na altura de todos nós fazermos um mea culpa e em vez de ficarmos só pelas palavras/críticas passarmos à acção. Talvez fosse boa ideia cada um de nós pensar "O que é que posso fazer para melhorar o país?". É claro que é muito mais fácil criticar e apontar os defeitos (que são muitos, é verdade) do que agir e mudar o que está mal; é mais fácil "fugir" para o estrangeiro porque "o país já não tem solução", "não vale a pena", "aqui não se consegue evoluir", "eu sou bom/boa demais para estar aqui"; é mais fácil atirar as culpas pra cima dos outros, embora todos tenhamos culpas no cartório. Sim, todos, mesmo as mentes mais "iluminadas", eu atrever-me-ia a dizer, sobretudo as mentes mais "iluminadas", aquelas que puderam prosseguir os estudos e que ganham um ordenado acima da média. Temos de ser realistas: não são as pessoas que têm pouca instrução (algumas porque não se quiseram dar ao trabalho, é certo, mas outras porque as circunstâncias da vida não o permitiram) e que recebem o ordenado mínimo nacional que vão operar as mudanças (tão necessárias!) neste país - sobretudo, as de mentalidade que, a meu ver, são as mais prementes. Essas pessoas podem e devem contribuir, mas o exemplo tem de vir daqueles que têm consciência da realidade e que se encontram mais apetrechados para levar a cabo essa transformação.

Reiterando as minhas próprias palavras proferidas em posts anteriores... Nunca fui adepta do facilitismo, e sei que é difícil remar contra a maré, por isso mesmo é que aqui é o lugar ideal para se fazer alguma coisa de significativo. Aqui, onde as condições são adversas, e não onde nos dão todas as condições e mais algumas. Aqui é que se colocam os verdadeiros desafios. Falta saber se estaremos à altura de os enfrentar (i.e., se teremos a coragem e/ou a paciência)...

sábado, agosto 23, 2008

Admirável mundo virtual
Há-os singulares ou colectivos, femininos, masculinos, gay, lesbian. Há-os simples ou elaborados, com ligações a outros admiráveis mundos virtuais. Há-os temáticos, de tom confessional, de crítica social, de índole intelectual. Há-os divertidos, sérios, dramáticos, polémicos, irónicos e inconstantes. Há-os unilaterais ou dialogais. Há-os meramente textuais ou mesclados com som e imagens. Há-os de todos os tipos e para todos os gostos. Têm em comum o facto de serem o reflexo dos diferentes mundos que habitam o interior de diferentes seres. Sejam bem-vindos ao admirável mundo da blogosfera.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Things to Make and Do

Voz da consciência: Você há muito tempo que não publicava nada por estas bandas...

Eu própria: É um facto. Sabe como é, vêm as férias e ficamos inevitavelmente preguiçosos. Para além disso, também não tenho andado muito inspirada, ou melhor, motivada e como não quero defraudar as expectativas dos (poucos, em quantidade, mas bons, em qualidade) leitores deste blog, achei melhor estar quieta... Às vezes, quando não sabemos o que dizer ou como dizer, mais vale estar calado, não concorda?

Voz da consciência: Isso é subjectivo... Mas diga-me, a que se deve a sua falta de motivação?

Eu própria: A nada e a tudo.

Voz da consciência: Como assim? Pode explicar melhor?

Eu própria: Não, não posso. Há coisas que são só pra nós, ou você é daquelas que diz tudo a toda a gente?

Voz da consciência: Não, só costumo dizer o que é necessário e apenas a uma pessoa.

Eu própria: Ora aí está uma atitude inteligente! E agora se não se importa, vou andando, tenho umas coisas para fazer...

Voz da consciência: Com certeza, esteja à vontade. Então, até à próxima!

Eu própria: Adeus, até à próxima!

Eu própria vira as costas e à medida que se afasta pensa pros seus botões Chiça, esta gaja é uma chata do caraças! Espero não vê-la tão depressa! ...........................................................................................................................................................................

Após este breve intróito de puro non sense, agora sim, retomo a minha actividade de bloguista neste dia 21 de Agosto que mais parece que estamos no Outono... São vários os assuntos que me trazem aqui hoje, por isso é melhor começar já.

  1. Jogos Olímpicos: é certo que a prestação dos atletas portugueses não é a melhor de sempre e também é certo que um atleta não deve ser preparado só a nível físico, mas também a nível mental... A sensação que me dá é que os nossos atletas até são bastantes bons, tendo em conta as condições que eles têm a comparar, por exemplo, com os atletas dos EUA ou da Austrália e afins. Ainda há muitos atletas portugueses que não são profissionais (têm outras profissões e treinam nas horas vagas). Por isso, quanto a mim, há coisas que têm de ser melhoradas, mas neste momento o que tem mesmo de ser trabalhado (e muito) é a preparação mental dos atletas para saberem enfrentar situações de alta competição e não se deixarem intimidar ou com a quantidade de público, ou com os adversários que se sabe à partida que são mais fortes... Eu não percebo nada de desporto de alta competição, mas um atleta tem de estar preparado e não usar como "desculpa" os "nervos" ou as decisões desfavoráveis dos juízes, nem tão pouco fazer afirmações inusitadas como "De manhã eu gosto é de estar na caminha". Isso gostamos todos, mas alguém tem coragem de dizer isso ao respectivo patrão? Ele(a) desatar-se-ia a rir na nossa cara e punha-nos a andar em três tempos... Isto cheira-me um pouco a falta de profissionalismo... Por falar nisso...
  2. Falta de profissionalismo: é como uma praga. Tem-se instalado aos poucos mas já se começa a notar e está por todo o lado. Há casos relatados nos jornais e na televisão, mas o pior é quando temos de lidar com esta falta de profissionalismo quase diariamente. Muitas vezes está associada a uma má formação intrínseca.
  3. A revolução dos sexos: acho que a velhinha guerra dos sexos faz cada vez menos sentido. Hoje, é ver mulheres que parecem homens, quer fisíca, quer psicologicamente (e é pena que se esteja a perder a feminilidade de outras eras); por outro lado, é ver homens que andam mais depilados e mais perfumados do que algumas mulheres (e que perdem o mesmo número de horas nas lojas da roupa como é apanágio do sexo feminino), ao mesmo tempo que o cavalheirismo é algo que pertence cada vez mais ao passado... Acho que as pessoas devem fazer aquilo que bem lhes aprouver, mas não deixa de ser um bocado confuso. Sinais dos tempos, n'est-ce pas?

E enquanto terminava este post, o Nelson Évora ganhou a medalha de ouro ao vencer no triplo salto com a marca de 17.64 metros. Yehhhhhhh! Parabéns, Nelson, bem mereces!

Acerca de mim

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Things that I love: friendship, kindness, devotion, learn new things, meet new people, a nice conversation, a good laugh, a cup of ginger tea, feel the sun in my face, contemplate the sea. Things that inspire me: people and their achievements*, quotes that bring light into my life*, music, poetry, new beginnings. *including mine