"Change Happens"
Ainda há pouco falei dos amigos e da importância da amizade... Não deixa de ser curioso que este tem sido um ano de muitas e profundas mudanças para mim e para os meus amigos, senão vejamos: uns casaram (mudança muito significativa pelo que eles me contam), outros (que já estavam casados) tiveram filhos (mudança radical na vida de uma pessoa e de um casal pelo o que me foi dado constatar), outros foram viver e trabalhar para outra cidade, outros, que é o meu caso, mudaram de casa, de emprego, de namorado (actualmente, sem namorado), de vida, no fundo, o que é muita mudança num ano só (que ainda nem sequer chegou ao fim), temos de convir...
O mais engraçado é que se, por um lado, todo este processo de mudança assusta um bocadinho, por outro lado, ele era inevitável e, quanto a mim, até necessário...
Chega uma altura nas nossas vidas em que temos de evoluir enquanto pessoas e isso implica por vezes mudanças radicais como as que mencionei. Mudar de casa, por exemplo. No meu caso, essa mudança significou sair de casa dos meus pais e ir viver sozinha, o que muito me apraz por diversos motivos: tenho a liberdade (que nunca tive) de fazer o que quiser, quando, onde e como quiser, sem ter que dar satisfações a ninguém, ou seja, tenho a minha independência enquanto ser humano - se bem que eu sempre fui muito independente (nas minhas ideias e nas minhas acções) e nunca consultei ou pedi opinião/ajuda de ninguém para nada... Por outro lado, isto de viver sozinho tem muito que se lhe diga, pois temos mais responsabilidades (e/ou a outros níveis), passamos mais tempo sozinhos o que nos permite pensar mais sobre nós próprios e conhecermo-nos enquanto pessoas - quem sou eu? Sou assim e assim, tenho esta e aquela característica, gosto de fazer isto e aquilo de determinada maneira, coisas de que eu não me apercebia antes, talvez porque tinha de viver em função dos gostos e dos hábitos de vida de outras pessoas (os meus pais) o que não é necessariamente mau, mas de certa forma "castrador", porque não me permitia conhecer a mim própria...
Acho que é importante conhecermo-nos bem a nós próprios, conhecermos os nossos gostos, as nossas características, as nossas "manias", "pancas", como quiserem chamar (eu, por exemplo, tenho a mania das limpezas e da comida saudável, sem gordura vegetal hidrogenada), as nossas qualidades e os nossos defeitos (ninguém é perfeito, convençam-se disso de uma vez por todas, e ainda bem, porque senão este mundo seria o tédio total com tanta perfeição por aí espalhada). É bom estarmos conscientes de todas estas coisas para que depois possamos conviver com os outros que é uma tarefa deveras complicada (isto será tema de outro post, com certeza)...
Mas voltando às mudanças...
Mudar de emprego é, por vezes, necessário, não só para evoluirmos nas nossas capacidades, mas também para nos livrarmos de más influências ou de míseros ordenados (no meu caso nunca foi por ter um chefe que me fazia a vida negra)!
Mudar de namorado, ou melhor, terminar uma relação, isso já é uma questão mais complexa... Tudo o que envolva a parte afectiva é sempre difícil e doloroso, sobretudo quando chega ao fim, mas há que ter a coragem de admitir que as coisas não estão bem e agir em conformidade, respeitando sempre as pessoas (isso é muito importante). Sobretudo, não devemos deixar as situações arrastarem-se e não sermos sinceros com os outros (nem connosco próprios). É muito simples (é claro que digo isto de forma irónica, mas no fundo é mesmo assim): se duas pessoas já não se fazem felizes uma à outra o melhor é assumirem esse facto para terem oportunidade de ser felizes com outra pessoa... Mas, quando se toma uma decisão destas (que mexe, muito, com os afectos) deve-se fazê-lo, repito, sem faltar ao respeito e sem magoar os outros (ou o menos possível) nem que para isso se tenha de esperar pelo momento mais adequado (que não coincide necessariamente com a nossa vontade)...
2006 vai ficar sem dúvida "marcado" no calendário das minhas memórias (para o bem e para o mal).
Sem comentários:
Enviar um comentário