E se Deus for gay?!?
Lisboa é, definitivamente, uma cidade gay. É o Chiado gay, são as lojas gay, é o Bairro Alto gay, são os bares e as discotecas gay, é o eléctrico gay, é o comboio gay, é a praia gay... Houve um programa que foi transmitido na RTP1, há alguns anos, sobre o século XX que se chamava "O Século do Povo". Pois eu digo que se deveria fazer um novo programa, desta feita sobre a primeira década do século XXI e, certamente, já estão a imaginar como se chamaria... "O Século Gay". E tal como foi feita, também há uns largos anos, uma exposição no CCB com o nome "O triunfo do Barroco" deveriam fazer uma nova que se chamaria "O triunfo do Orgulho Gay"!
Bom, e depois destas afirmações polémicas (se bem que o melhor ainda está pra vir, fiquem por aí, não se vão embora, hein?) e antes que as associações de defesa dos gays e lésbicas me caiam em cima (salvo seja), devo dizer que não tenho nada contra os gays nem contra as lésbicas. Já tive (tenho?) amigos gays e eram pessoas fantásticas, para além de que sempre defendi as chamadas "minorias" (não gosto muito desta palavra, parece ter um sentido depreciativo, mas não encontro neste momento outro termo). Acima de tudo sou apologista da liberdade de expressão e de respeitar as diferenças, sejam elas de que origem forem.
Posto isto, devo reforçar que não tenho nada contra a comunidade gay, mas confesso que o facto de estarem por todo o lado me deixa cada vez mais desmotivada na minha (vã?) esperança de encontrar o "príncipe encantado", algures numa das Sete Colinas de Lx...
Acho que vou ter de assumir o meu fracasso enquanto mulher e dedicar-me de corpo e alma ao único homem heterossexual disponível que subsiste... A verdade é que em criança eu tinha a (triste) mania de dizer constantemente que iria para freira e, ao que parece, previ antecipadamente o (meu) destino.
Só há um problema... E se Deus também for gay? Aí é que eu vou ficar em maus lençóis!
Sim, Deus pode muito bem ser gay, ou preto, ou fascista (comunista não é de certeza!), ou outra coisa qualquer. Os homens criam Deus à sua medida, e não o contrário...
4 comentários:
Bemmm, grande post, carago!!! Gostei! :D
Parafraseaste Feuerbach duma forma bastante original. :-O
Já é bastante positivo dar-se o devido reconhecimento à cultura LGBT (Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender) na sociedade actual, mas ainda há muito por fazer, pois é preciso mudar urgentemente as mentalidades.
1. O "princípe encantado" é um conceito tão ilusório quanto o de Deus, por isso não percas tempo com ele... ;)
2. Acredito que haja algures por Lisboa algum heterossexual que corresponda aos teus critérios, desde que não seja o típico homem português: baixo, barrigudo, gabarola e que só sabe falar de futebol e de gajas, que é também um dependente de bejecas e que se baba cada vez que olha para umas mamas avantajadas... LOL
3. És demasiado pecaminosa para ires para freira... :)
4. Não especulo sobre as características de Deus... É algo que me passa ao lado...
Quando regressas, é sempre rapidamente e em força!
Gosto da tua última frase, muito em particular, é o homem que cria Deus à sua imagem, à sua medida...claro que é! Deus está sempre adequado à moral do homem, às suas expectativas, aos milagres que deseja.
O padre Isidro vaticinava tudo, amiga, e se tu eras raio de sol ou de luz, então é impossivel que não haja pelo menos um hetero ao teu dispor. Save the best for last, dizem...bom, não te vou desejar que encontres um príncipe encantado aos 80 anos no lar, sem dentes, depois esqueces-te do nome dele. Mas desejo mesmo que encontres um tipo fixe que te faça feliz, até lá, desculpa a repetição, há vibradores para todos os gostos, é um mundo, amiga, explora-o!!
Beijos. Dia 1 de Julho já sabes, camisola roxa, violeta e almoço no Jardim das Cerejas (private, ok? só nós 2 entendemos).
Continuo à espera do teu texto sobre o macho latino (vidros do carro abertos, música aos berros, bronze, todo pintas...!).
Lisboa é muito gay sim senhora! vejo casais gays por aí na baixa espalhados todos felizes e contentes, alguns até se "atrevem" a dar a mão uns aos outros em frente aos velhotes e aos conservadores, e outros que adoram chocar o público dando beijinhos. mas devo já dizer que, sendo eu suspeita no assunto *coff coff*, apesar de a baixa ser o sítio mais GAY de Lisboa, continua a ser lá onde oiço mais ofensas (ou serão piropos? já não sei), que no resto da cidade. Enfim! grande post.
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